Mimi Fogt, Spring Time - Serra de Sintra, 1979 (Gulbenkian) |
Na
cilada das ruas, sol ardente
traça
lagos de luz, terras de fogo,
um
mundo no bulício da manhã.
O
espírito canta, é um pássaro.
Tudo
na Primavera dissimula
o
Verão que virá com a sua corte
ouvir
velhas canções de sal e sombra,
para
despertar almas sonolentas.
Ébrio,
bebo a luz, como o fogo,
e
canto, sou um pássaro do Sul,
perdido
entre ruas e desejos.
O
Verão arde puro nos lugares
onde
a Primavera se esconde
e
em mim canta odes e canções.
Junho de 2024
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