terça-feira, 9 de agosto de 2022

O sal do silêncio (88)

F. Galifi Crupi, Taormina, antique Greek theatre, 1910s

Primeiro, chegou o silêncio. Veio em ondas gigantescas e arrastou para longe a voz dos actores, o aplauso do público, tragédias e comédias em que a vida se descobria e se ocultava. Depois, sobre as pedras veio o sal dos anos com o seu ofício de dissolução. Agora, restam ruínas de onde escorre o escárnio do esquecimento.

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