sábado, 19 de junho de 2021

Biografias 20. A esperança que a move

Irving Penn, Vogue cover, 1950
Foi um longo e doloroso exercício. A partir do momento em que a beleza começou a decrescer, resolveu apagar-se. Como não era dada a gestos teatrais, recusou a ideia de suicídio. Concentrou-se apenas no seu corpo, meditando continuamente na invisibilidade. A primeira vitória foi alcançada quando descobriu a palidez que se apoosava dela. A segunda veio ao notar como estava translúcida. Se o corpo de tornasse transparente, a biografia haveria de desaparecer, pensou. Ainda é essa a esperança que a move.

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