Tomislav Peternek, Fajront (Closing time), Fruska Gora, 1962
Quando não chovia, punham-se a caminho. De onde vinham? Há quem diga que não vinham de lado nenhum. Surgiam do nada, mas a opinião é incerta. Nunca ninguém os ouviu tocar. Não há notícia, por outro lado, de terem sido avistados sem ser a arrastar os pesados contrabaixos. Caminhavam, iam de aldeia em aldeia. Evitavam as cidades. Se os cumprimentavam, sorriam, inclinavam a cabeça e seguiam. O nome deles? Não conheço quem o saiba. Talvez uma semana depois de passarem, ouvia-se um diálogo musical entre dois contrabaixos, mas não se via ninguém. Eles? Não me parece. A essa mesma hora eram avistados demasiado longe para que aquela música viesse dos seus instrumentos.