Mostrar mensagens com a etiqueta Vestígios. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Vestígios. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Vestígios

André Kertész - Luxembourg Gardens, Paris, 1925

Quantas vezes, inopinadamente, nos deparamos com vestígios da infância? Olhamo-los e eles respondem ao nosso olhar, interpelando-nos: como te afastaste tão depressa desse tempo em que eu fazia parte do teu mundo? E o nosso silêncio é o sinal de uma ignorância fundamental. Balbuciamos uma explicação sem nexo e sentimos a consciência culpada de termos deixado escapar, sem explicação, o território encantado em que o simulacro de um cavalo era um cavalo verdadeiro que nos levava para este e para qualquer outro mundo que a imaginação criasse.

domingo, 17 de maio de 2015

Sobre vestígios

JCM - Vestígios (2014)

O homem pode encarar a vida de diversas formas. Há aqueles que julgam que o mais importante é deixar vestígios no mundo, como se este fosse o seu império. Outros há, contudo, que, a dado momento, descobrem a irrelevância do seu próprio vestígio. Tarde ou cedo ele será definitivamente apagado e esquecido. Resta-lhes preocupar-se com o vestígio que a vida no mundo deixa neles, aquilo em que ela os ajudou a tornar-se.