Anny Heimann, Im Garten, 1906 |
Tarde de tempestade anunciada
na
negrura dos céus de anil e chumbo.
O
calor prende os pássaros nos ramos
de
árvores tolhidas no sol de Abril.
Um
vento no silêncio do crepúsculo
abre
as avenidas aos rumores,
ao
desejo da memória, ao incêndio
dos
dias de fantasia primaveril.
A
chuva prometida que não cai.
O
soar do trovão no trem da tarde.
O
enigma dos pássaros de cinza.
A
vida na memória se recolhe
aberta
ao desejo de quem canta,
fechada
ao fulgor da noite fria.
Abril de 2024
Sem comentários:
Enviar um comentário