segunda-feira, 21 de julho de 2014

Perder-se no infinito

Lennart Olson - Cangas de Onis III (1991)

Onde vão dar os caminhos que levam a lado nenhum? Esse nenhures é, em primeiro lugar, o sinal da finitude do viandante. Seja qual for o sítio onde se encontre ou para onde se dirija, devido à sua finitude, o viandante está ou estará em lado nenhum. Esta é, porém, uma visão nascida da fragilidade de um ser finito. Nenhures é, na verdade, o signo do infinito, daquilo que não tem fim. Toda a viagem tem como finalidade que o ser finito se perca no não finito, no infinito que, sem limites, o aguarda.

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