Egon Schiele - ¡La puerta a lo abierto! (1912)
A vida do espírito é marcada por um jogo, persistente e duro, entre abertura e clausura. Por vezes, há quem se refugie na clausura com a ilusão de que aí encontrará a clareira, o espaço aberto por onde caminhará. Outros optam pelo espaço público, essa clareira onde os homens se dão a ver uns aos outros, como estratégia de oclusão, de fechamento a si e aos outros. Ora a vida do espírito, o jogo que ele entretece consigo mesmo, está muito para além da abertura e da clausura, reside no enigma do espaço sem espaço num tempo sem tempo.