Gilles Aillaud, Deserto, 1986
Muda o
mundo, na vereda do tempo.
Estações vêm,
estações vão, sem fim.
O Inverno decaiu,
sombra morta
no jardim onde
as rosas declinam.
No rumor
azul do vento, escuta-se
uma voz fremente,
a pura essência
do que passa
sem deixar um sinal
ou um rasto
na areia do deserto.
Trazer
mundos dos jardins esquecidos,
Trazer sombras
dos Invernos passados,
Trazer rosas
da vereda da morte.
Sou o vento
que apaga os rastos,
a voz pura
que fremente se cala
o sinal que no
deserto se esconde.
Março de
2024 |
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