Lourdes Castro, Sombra Projectada de Marta Minujín, 1963 |
Tudo começa como um esboço e este é já uma promessa daquilo que ultrapassará a fronteira que divide o mundo possível do mundo real. Depois, o esboço transforma-se em sombra ténue, primeiro, e, paulatinamente, em sombra cada vez mais densa, como se procurasse a fonte luminosa que a criou e a ilumina para que possa subsistir. Ultrapassado o limiar, abandonados os espaços imponderáveis onde os corpos são pensados para se entregarem à dimensão sensorial que os há-de acolher, um novo ser emerge, pleno de glória que o tempo haverá de apagar.
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