José Júlio, Paisagem, 1958 Árvores despidas, abertas à luz de Inverno. O silêncio canta. |
terça-feira, 30 de agosto de 2022
domingo, 28 de agosto de 2022
Meditação Breve (184) Entrelaçar
Ruth Matilda Anderson, Máxima Hernández García, 1928 |
sexta-feira, 26 de agosto de 2022
O sal do silêncio (89)
Eugène Atget, Jardin du Luxembourg, 1902 |
sábado, 20 de agosto de 2022
Crónicas (221) A felicidade
Amelia
C. Van Buren, Profile portrait of woman draped with a veil, 1917 (src L. of Congress) |
quinta-feira, 18 de agosto de 2022
Impressões 103. Ondas
Artur Pastor, Oceano Atlântico, s/d |
terça-feira, 16 de agosto de 2022
Câmara discreta (14)
Edouard Boubat, Ile Saint-Louis, Paris, 1975 |
domingo, 14 de agosto de 2022
Sete Cartas - 7 Ao anjo de Laodiceia
Salvador Dali, Angel, 1947 |
Carta ao anjo de fogo e asas de gelo,
anjo definitivo arrebatado pelo voo,
preso à pele das mulheres de domingo,
as que trazem ramos no sulco das mãos.
Frésias, violetas ornadas de âmbar e água,
o pão escuro com que cobrem a fome,
a morna poeira das praças de Laodiceia.
Percutida, existe uma rosa em tua face,
a terrível beleza de um anjo,
e sobre a sombra da rosa mergulham
olhares enviesados e venais.
O muro que nos separa é uma cicatriz,
a fronteira que aparta o éter cintilante
da lama trazida pelas chuvas de Janeiro.
Uma pétala cai sobre a orvalho do jardim.
A rosa desfolha-se como uma ave cantante,
perdida de ramo em ramo.
Anjo, pássaro esquivo nimbado de nuvens.
Anjo,
misericórdia divina no mar da ruína.
Eis que estou à tua porta e bato.
Até de madrugada, lutarei contigo.
Ferido trarei a luz e um outro nome
para que todos me reconheçam
no silêncio da noite e na mágoa de cada dia.
Depois, sobrevoarás as ruas de Laodiceia.
Com o olhar marcarás na carne salgada
o vigor da vida e o murmúrio da morte.
A rosa desfolhada reflorirá ao ritmo da luz
e a terrível beleza que alucina os homens
derramar-se-á no linho das mesas,
na face das mulheres esquecidas de si,
na cintilação dos olhos cansados do Inverno.
1993
sexta-feira, 12 de agosto de 2022
Micronarrativa (62) Gigantes
Paula Rego, O Gigante de Minsky, 1958 |
quarta-feira, 10 de agosto de 2022
Biografias 31. O ganhão
Aníbal Sequeira, O ganhão |
terça-feira, 9 de agosto de 2022
O sal do silêncio (88)
F. Galifi Crupi, Taormina, antique Greek theatre, 1910s |
sábado, 6 de agosto de 2022
Haikai urbano (74)
quinta-feira, 4 de agosto de 2022
Meditação Breve (183) Náufragos
Francis James Mortimer, Wreck of sailing ship Arden Craig, 1911 |
terça-feira, 2 de agosto de 2022
Impressões 102. O mundo dos campos
Paul Strand, The White Barn, Luzzara, Italy, 1953 |