quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

O sal do silêncio (43)

Edward Steichen, The Brass Bowl, 1904
Uma sombra solene de cansaço desliza-lhe dos olhos, perde-se num lugar invisível, enquanto o corpo resiste à tentação de se deixar cair para o fundo negro, o lugar onde o silêncio benévolo é corroído por outro, obstinado e terrível, que se ergue como um monstro pronto a devorar todas as promessas que se ocultam nos olhos de uma mulher.

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