Alfred Eisenstaedt, Richard Schafer studying complicated formula on blackboard at the IAS, 1947
Como era habitual, chegava cedo, sentava-se e contemplava as fórmulas. Bem o pode afirmar, vivia para a álgebra. Não me interrompa, peço. Deixe-me contar o que se passou. Por vezes, levantava-se, pegava no giz e ensaiava alguma coisa e tornava a sentar-se. Apenas falava com o empregado que lhe trazia comida. Era parco nas palavras. Nesse dia, parecia inquieto. Desenhou o círculo que se vê no centro do quadro. Não sei álgebra para lhe dizer se é um zero ou a letra o. Sei que depois de o desenhar, espetou o dedo no centro do círculo. Este abriu-se - parecia uma placenta, assegura quem viu -, sugou-o, enquanto ele cantava, e tornou a fechar-se. Estes são os factos, o resto não passa de especulação.
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