Frank Auerbach - Euston Steps (1981)
Passo a passo, degrau a degrau. Assim nos aproximamos do Absoluto, pensamos. Não será, porém, incomensurável a nossa relatividade e o Absoluto a que nos propomos chegar? Essa alteridade não será uma barreira? Sim, mas essa barreira está toda no nosso olhar. Não há degrau que nos leve ao Absoluto, nem passo que faça avançar no caminho. Estamos mergulhados no Absoluto, apenas a nossa relatividade nos cega e leva-nos a imaginar um caminho, uma escada, uma meta, um fim. Mas tudo isso são fugas da luz, de uma luz que, de tão intensa, é negra e cega.
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