sexta-feira, 14 de junho de 2019

O sal do silêncio (18)

Frederick Sommer, Colorado River landscape, 1942

Paisagens de pedra e água, moradas onde o silêncio cresce, lugares inexpugnáveis à curiosidade dos homens. Ali se recolhem, solitários, aqueles que vão deixar a vida. Sentam-se e esperam que um anjo chegue e lhes recolha a alma. O corpo, então, desaparece, como se quisesse desmentir o adágio "na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma", com o qual se jura pela conservação da matéria.

Sem comentários:

Enviar um comentário