quarta-feira, 21 de maio de 2014

Atravessar a ponte

Andreas Feininger - Storm clouds hover over the Brooklyn Bridge and the ghostly skyscrapers 
of Manhattan’s financial district in March (1946)

Imaginamos sempre que uma ponte assegura a continuação de um caminho que um obstáculo interrompe. Passar a ponte é retomar a normalidade quebrada. Mas a passagem de uma ponte pode ser uma prova, uma prova tormentosa. Nessa passagem alguma coisa se transforma em nós e quando se chega ao outro lado já se será outro. Não.Uma ponte não assegura uma continuidade, não é uma mera ligação que une o idêntico. Ela é um lugar de ruptura, de descontinuidade, o símbolo que nos chama à transformação, à metanoia.

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