Um salto no tempo, do tempo de Pergolesi (1710-1736) para o nosso, para Arvo Pärt, do Stabat Mater para a Salve Regina. Mas não por acaso, sempre sob a égide de Maria.
Uma outra versão do Stabat Mater, de Pergolesi. A imagem que o autor do vídeo escolheu para acompanhar a peça musical é eloquente. Não é meramente uma mãe que chora a morte do seu filho. É ao mesmo tempo as dores da alma no parto do Verbo.
Nunca me canso de ouvir. Esta é a versão de que mais gosto (sopranista, embora aqui seja ainda uma criança, e contratenor). Não sei do que mais gosto, se do texto, se da composição de Giovanni Battista Pergolesi, se das excepcionais interpretações do Concerto Vocal, Sebastien Hennig e René Jacobs, Na transição que vai do primeiro verso Stabat mater dolorosa ao último paradisi gloria. Amen, o luto da mãe de Cristo transforma-se na vitória da vida sobre a morte, e percebemos como uma cena pascal é, ao mesmo tempo, a promessa do verdadeiro natal.