Arnold Genthe, Margaret Severn dancing at the water’s edge, 1923 |
Presa ao feitiço da névoa, ela dança sobre a areia húmida. A água vai e vem e a mulher baloiça ao ritmo do murmurar do oceano. Por vezes, é um pássaro. Outras, uma sereia. Por momentos, lembra um anjo preparando-se para se elevar aos céus. Por fim, enquanto o corpo se desdobra em cada passo, a mulher que dança descobre o seu ser no pálido esboço da sombra que sob os seus pés dança a dança que ela inventa.
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