André Kertész, Distortion #40, 1933 |
Ébrio, o olhar vagueia em silêncio pelo corpo nu. As cordas do desejo, de tão tensas, estiram a realidade, e súbitas metamorfoses transtornam a visão que, exaurida pela beleza, distorce aquilo que se revela, no pudor da presença, diante de si. Uma pergunta, então, assombra o espectador, mas ele, de tão atónito, não consegue formulá-la, enquanto o corpo que se transforma dança dentro dos seus olhos.
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