segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Arqueologias do espírito 13

Stanisław Witkiewicz, Spring fog, 1893
A dissimulação da realidade sob um manto de nevoeiro, a suspeita de que alguma coisa reside naquilo a que os olhos, não sem pena, descortinam como esboços, o temor de um perigo velado pela cortina da névoa ou a expectativa de algum bem dissimulado entre a neblina, tudo isso abriu o espírito para a dimensão do mistério, o que existe fora do homem e o que reside em si, sempre oculto na penumbra do pensamento ou no crepúsculo da imaginação. Adentrar-se pelo manto húmido da névoa e assim se abrir ao segredo do mundo, ao enigma de si. 

4 comentários:

  1. É sempre um mistério, uma incógnita, o que se esconde para lá das neblinas e nevoeiros, sejam eles reais ou metafóricos. Penso que vale sempre a pena ir espreitar...

    Boa semana, HV.
    🍂
    Maria

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  2. Há sempre um mistério que se esconde atrás da névoa. Vamos tentando encontrá lo...

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    Respostas
    1. A névoa é um belo símbolo do mistério. Oculta e quase deixa ver.

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