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| Imogen Cunningham, Braille, 1933 |
Cegar a própria cegueira, ocultando-a dos olhos que vêem e perscrutam o que se resguarda nessa ausência de olhar, nessa fixidez que se prende ao infinito e à eternidade. Apenas as mãos se deixam capturar, enquanto desfilam pelo rio de signos que os olhos não sabem, mas que os dedos, como uma visão mais sólida e verrumante, descortinam, rasgando a mudez do pensamento, para lhe dar a esperança da palavra.

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