Benvenuto Benvenuti, Cipresse e colombe, 1914 |
Terá
sido decisivo o encontro que colocou os seres humanos perante os ciprestes.
Mais que outras árvores, em que a linha que une a terra ao céu se dispersa em
ramagens perdidas no caminho, nos ciprestes tudo se conjuga para que o olhar
não se afaste do alvo que deve desejar. Não admira que, em certos lugares, o
cipreste se tenha tornado árvore de cemitério. Não porque haja nela alguma
coisa de fúnebre, mas porque simboliza esse velho desejo humano de elevação muito
para lá do território que o corpo, por lhe pertencer, não poderá deixar. Ciprestes
são símbolos que indicam o caminho.
Sem comentários:
Enviar um comentário