Florence Henri, Self-portrait, 1938 |
Enfrenta a câmara, a sua câmara, para se descobrir a si mesma. Enquanto fotografa os outros e o mundo, a fotógrafa esquece-se de si mesma. Fotografar é um longo exercício de obnubilação, um ritual onde evita responder à pergunta quem és tu? Tudo o que surge na fotografia tem a marca da alteridade. Um dia, porém, tem de se enfrentar a si mesma, descobrir na imagem os segredos que hesita em revelar. Pousa, então, afectando tranquilidade perante a máquina programada para tomar de si a imagem, aquela onde, de súbito, descobrirá quem se esconde sob o véu do seu nome.
Sem comentários:
Enviar um comentário