Kerekes Gábor, Apple, 1991 |
Dádiva
espontânea da natureza, os frutos ter-se-ão inscrito tão fundo no espírito dos
homens, que estes não hesitaram em fazer de um deles o símbolo da sua expulsão
do paraíso e da queda na vida mundana. De certa maneira, a maçã arrastou os
homens na sua viagem para terra. Retirou-os dessa existência fora do espaço e
do tempo e fê-los aterrar num corpo sujeito à duração. Da contemplação da
viagem da maçã desde os ramos incessíveis até à terra dura, o espírito
descobriu um modo para explicar porque se encontro presa na cela do corpo e na
caverna do mundo.
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