Manuel Cargaleiro, sem título, 1961 |
Os dias são longos anos
de mãos abertas
para a vereda azul do Natal.
O hálito do Outono arrefece.
Dos teus lábios saem
palavras colhidas no rosário
da memória lavrada pelo silêncio.
A noite inclina o corpo para o fogo.
O crepitar da madeira,
faúlhas como pássaros ébrios,
a porta fechada para o frio da rua.
Novembro de 2020
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