Gjon Mili, Stroboscopic image of ballerina Nora Kaye leaping, 1947 |
Dançar talvez seja a mais perigosa das ocupações humanas. Ao elevar-se, a bailarina vai perdendo um a um os seus corpos, como se alma, no momento da elevação, se quisesse despir dos mil vestidos que compõem o seu guarda-fatos. O perigo está no momento em que pousa na terra. Quantos corpos terá a alma dançante perdido? Os que recuperou e uniu em si ainda são suficientes para que tenha algo para dar vida e fazer rodopiar no palco perante uma plateia suspensa e tremente?
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