STEFANO RELLANDINI - REUTERS - Veneza, capital da região do Veneto
Retomemos a solidão, agora para a compreender a partir da fragilidade do homem. A solidão, a solidão essencial, não pode ser compreendida nem como a prova da força e de afirmação orgulhosa do homem, nem como o sintoma de uma fraqueza tal que o torna inapto para a vida com os outros. A fragilidade que está sob a solidão pode ser compreendida a partir do equilíbrio do barqueiro sobre as águas. A solidão, a solidão essencial, é sempre o difícil equilíbrio de alguém sobre as águas da sua própria fragilidade. A solidão manifesta-se, deste modo, como um bem precioso que, pela sua fragilidade e a fragilidade onde assenta, se pode perder e tornar irrecuperável.
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