Ernst Ludwig Kirchner - Desnudo femenino de rodillas ante un biombo rojo (1912)
7. Seio descuidado aberto sobre o mundo
Seio
descuidado aberto sobre o mundo,
luz matinal
que me incendeia o desejo.
Pobre esperança
de tocar o fundo
desse teu
corpo que espero e vejo.
Seda e
cetim, puro algodão em flor,
prazer
secreto sob a minha mão.
Despida e nua
– oiço sombrio rumor –
dás o teu
corpo. Nunca digo não.
Chegada a
hora, as mãos e os dedos
abrem-se,
flores, ervas, rios, segredos
que desaguam
agora nesta rua,
onde te
espero pura, branca e nua.
Vem na fria
noite iluminar os astros,
somos lua e sol, não deixaremos rastros.
Belíssimo, Viandante.
ResponderEliminarO sol e a lua podem não deixar rasto mas estes seus poemas seguramente que o deixam.
Muito obrigado, UJM.
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