Michel Larionov - El desnudo azul (1903)
5. Adormecida sobre a terra pura
Adormecida sobre a terra pura,
a mão no rosto e, no corpo nu,
o véu da lua, seda e cambraia azul,
'strela selvagem, vento, água e fogo.
Puro delírio, seio aberto e suado,
rasto de sangue por amor chorado.
A tudo o sono esquece. Dor, maldade,
vida desfeita, o riso frio e imundo.
Nesta manhã desconsolada vens,
suave e sonâmbula, cobrir o dia,
com o segredo de uma rosa anil,
pura e perfeita, desmedida e bela.
Rosa que se abre sobre o corpo lívido,
rumor de pássaro no frio da tarde.
o poder de um sono, mesmo que não seja nosso, mesmo num alerta desmedido, a visão de um sono, apazigua guerras.
ResponderEliminarBom Descanso.
Obrigado, Rita. Um resto de bom domingo.
ResponderEliminarHV