Caspar David Friedrich - Cemitério
382. ESCUTAREMOS UMA VEZ AINDA OS MORTOS
Escutaremos uma vez
ainda os mortos,
as palavras
silenciosas ciciadas
na penumbra da tarde,
o severo olhar vindo
do outro lado,
o julgamento deixado
sobre a história.
Todos dormimos na vida
um sono,
o esquecimento da verdade,
a relíquia que todos
cortejam
e que de todos se
esconde,
ao erguer muros de
pedra e ilusão.
Escutaremos uma vez
ainda os mortos,
a verdade que lhes
trouxe a morte,
a terra descampada
onde repousam,
entre árvores erguidas
para o alto
e o sonho da eternidade.
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