Eugène Atget, Rue de l’Hôtel de Ville, 1921 |
O tempo quase podia ter sido suspenso e o que se vê, a rua, os prédios, a iluminação eléctrica, teria sido coalhado num instante eterno, num silêncio que voz alguma haveria de incomodar, não fora as rodas de um veículo caído em desuso começarem lentamente a rolar, arrastando atrás de si os segundos, depois os minutos e continuando por aí fora, num nunca mais parar da duração.
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