Willian M. Harnett - Music and Literature (1878)
O romantismo viu a arte como uma expressão comunicativa da subjectividade do artista, das suas emoções e dos seus sentimentos. Nesta concepção há uma visão quase biográfica da obra de arte. Mas não será isto um equívoco? Que interesse pode ter a subjectividade de alguém, por mais complexa que possa ser? O que é importante não são os sentimentos ou as emoções singulares, mas aquilo que, através delas, se manifesta. Se um artista o é efectivamente aquilo que fala nele não é ele mesmo mas algo que o ultrapassa infinitamente. O eu que fala no poeta lírico não é o da subjectividade do poeta mas daquilo a que uma longa tradição deu o nome de Ser.
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