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| Hendrick Ter Brugghen, Demócrito, 1628 |
Demócrito
demonizava Doroteia. Desejava-a no dédalo da demência. Demandava-a deitada no
divã. Dominava-o a dor do desdém, o duro desprezo da dulcíssima diva. Demónio,
dizia, destroçado pelo desafecto. Doido, dardejou-a, destruindo-lhe o decoro no
doce e divino domicílio.

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