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| Ralph Gibson, From the somnambulist (Hand and doorway), 1968 |
Esse preciso instante em que a mão se revela num gesto quotidiano é também a hora em que o corpo se oculta. A câmara, na ânsia da discrição, torna-se metonímica: representa o todo pela parte, como se o todo fosse um excesso para os olhos, uma ameaça mortal de quem se expõe, sem resguardo, à presença da totalidade do outro.
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Teu conterrâneo, Domingos da Mota, escreveu sobre sinédoque esses dias. Lembrei aquele famoso soneto do Boca do Inferno também, por conta do assunto aparecer num curso, enfim, eis a parte:
ResponderEliminar"Não se sabendo parte deste todo,
Um braço, que lhe acharam, sendo parte,
Nos disse as partes todas deste todo. "