segunda-feira, 19 de maio de 2025

O sal do silêncio (124)

Robert Liep, Gewittersturm, 1900

Uma tempestade assombra o silêncio, quebra-lhe as raízes, abre-o ao devir, como um amante intrépido se entrega ao cândido pavor de uma paixão. A terra treme e um trovão crava os dedos no ritmo errático do coração, onde o murmúrio da pulsação se oculta na glicínia da mudez.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.