quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

O sal do silêncio (108)

Mathilde Battenberg, Provence landscape, 1914

A luz desenha paisagens tintas pela eternidade. Nelas crescem as cores que cintilam no olhar do espectador. Onde os ciprestes se elevam nasce um silêncio tão poderoso, que a tudo inunda. Os ventos calam o rumor que os habita, os homens abrigam-se no colmo das casas e todas as coisas mergulham na mudez reconciliadas com o fulgor daquilo que não tem princípio nem fim. 

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