segunda-feira, 12 de abril de 2021

Micronarrativa (52) Pátria do silêncio

Rui Filipe, Fuencarral , 1953

Há lugares onde acontecem as coisas mais estranhas. Lentamente, quem neles vive vai moderando a vontade de falar, a voz perde o timbre e o ritmo e, por fim, emudece. Então, os contornos do corpo começam a dissolver-se, a figura dilui-se e a pessoa torna-se invisível. Na pátria do silêncio, todos os que a habitam são invisíveis.

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