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| Robert Doisneu, La gargouille de Notre Dame, 1969 |
Rainhas dos ares, quase anjos, quase animais, pura matéria inerte, as gárgulas olham o horizonte, vigiam as nuvens, perscrutam os aviões, oferecem o seu corpo de pedra ao cansaço das aves. Diante delas, o ar rodopia num turbilhão, para depois, bonançoso e invisível, pousar sobre a terra como uma canção que lentamente se silencia.

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