Ilse Bing, Self reflection, 1947 |
Solteira, cansou-se da solidão. Arquitectou diversas soluções. Das menos ousadas, às mais radicais. Achou as primeiras frouxas, as segundas hiperbólicas. Foi então que lhe ocorreu a solução. Saiu de casa, ganhou distância suficiente, apontou a máquina à janela do quarto. Disparou. Captou si uma dupla imagem, uma em cada vidro. A partir daquele momento, nunca mais estaria só. Se ficasse solteira, seriam duas. Se casasse, o marido seria bígamo, mas isso já não lhe importava.
Sem comentários:
Enviar um comentário