Charles Hewitt, Night Time Coffee, London, 1952
Era sempre a última cliente. Chegava como uma sombra. Pedia um café, bebia-o em silêncio, enquanto olhava os jogos de luz que se desprendiam da iluminação pública. Passados minutos, sem que dissesse uma palavra, tirava umas moedas de uma bolsa velha e gasta e depositava-as distraída sobre o balcão. Então, partia num passo hesitante, como se não soubesse o caminho até que se fundia na escuridão da noite.
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