Georges Braque - O porto de Le Havre (1903)
O velho enigma de um barco a chegar ao porto. Sentado, o viandante vê-o chegar e sente nele o mundo que deixou para trás e que, ao ser abandonado, escondeu-se nos olhos da tripulação e, secreto e sonâmbulo, prepara-se para aportar numa nova pátria. É assim que o viandante, ao cruzar-se com outros viandantes, vê o mundo de onde vêm. Está-lhes inscrito no olhar, nesse olhar que é abismo e fundo do infinito do ser.
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