Giorgio Chirico - Melancholy of a Beautiful Day (1913)
Esses dias belos, cuja beleza nos fascina e prende à aparência, são fonte de uma estranha melancolia. Não pela sua beleza efémera nem pela improdutividade que muitas vezes os acompanha. A melancolia nasce do fascínio com que eles desviam o espírito do seu caminho. Perdido na aparência, o espírito esquece a realidade, aquela que chama por ele e que ele aspira atingir. A melancolia nasce do esquecimento, mas de um esquecimento assombrado pela luz da reminiscência.
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