Ana Peters - Azul Prusi (1993)
Múltiplos são os matizes que se abrem na viagem. Aquilo que aos olhos do turista se mostra como insuportável uniformidade, o viandante vê-o com inúmeros cambiantes. A este não lhe interessa o pitoresco ou a descoberta de culturas diferentes, essa frouxa justificação para dar vazão ao medo da monotonia. A viagem é a própria vida em busca das raízes do ser, em busca da palavra que chamou o viandante à existência. Por isso, o olhar deste, ao contrário do turista, é profundo e demorado. Um sinal pode ser encontrado no mais inesperado dos lugares.
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