Eliot Elisofon - Marlon Brando kneeling before Kim Hunter in
a Broadway production of Tennessee Williams’s A Streetcar Named Desire (1947)
Olha-se a cena de Marlon Brando e Kim Hunter e percebe-se, de imediato, que o acto de ajoelhar perante outro ser é muito mais que um acto de submissão a um poder fáctico. Pelo contrário, é um acto da mais pura liberdade, aquela que nasce do amor, desse amor que tudo crê, tudo espera, tudo suporta, desse amor que descura o próprio interesse. A grandeza do cristianismo está toda aí. O homem que ajoelha perante Deus fá-lo por amor e não movido pelo medo de uma potência terrível e opressora. E sempre que, numa Igreja, alguém ajoelha por medo, por submissão a um poder terrível, já está longe do cristianismo e caiu na idolatria, ao transformar os poderes da terra e da sombra em divindades a que presta adoração. Só o amor é justificação para que alguém se ponha de joelhos.
Ajoelhei-me perante a verdade contida neste texto.
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